A crise das escolhas difíceis
- By George Alexandre
- 27 de jul. de 2019
- 3 min de leitura

Talvez você não tenha percebido ou atentado ainda para o fato, de que, fazemos escolhas a todo momento, desde as mais simples, como o que vestir e o que comer, até as mais complexas, como a escolha profissional, casamento e filhos, Este é o campo onde a vontade para desenhar o caminho a ser percorrido, vai enfrentar enormes resistências. Mas enfim, o que é escolher? Verdadeiramente o que está envolvido neste processo para torna-lo tão difícil e desafiador? O que deveríamos considerar sobre esta questão tão emblemática? porque a liberdade da escolha nos deixa tão divididos, tensos e por vezes em pânico? Se escolher é tudo o que sempre desejamos?
Tanto a escolha como seus resultados precisam considerar um conjunto de fatores que estão diretamente ligados à decisão, seja qual for, pois fazemos escolhas a todo momento, ó não nos damos conta, desde as mais simples, como o que vestir e o que comer, até as mais complexas, como a escolha profissional, casamento e filhos.
Outro aspecto segundo Norton psicólogo clínico, é considerar que, as escolhas devem envolver três importantes dimensões:
A dimensão da razão, a emocional e a comportamental, a somatória das três dimensões leva a uma escolha integral, ok, o que isto significa? significa que, os aspectos racionais e emocionais, foram traduzidos em ação = comportamento, quando há a ausência de uma destas dimensões, é o que pode se chamar de escolha parcial.
Bem vamos lá o que quer dizer cada uma delas, segundo o autor, a dimensão da razão considera os pensamentos, pois envolve as crenças pessoais ou culturais, é aquilo que se pensa a respeito sobre a escolha que se deseja, em se tratando da dimensão emocional, pensamos nas emoções envolvidas em relação a escolha que a fazer, e a dimensão comportamental, é a atitude que deverá se tomar, calma lá...atitude é “um estado mental” que se expressa de uma determinada maneira ou quando nos posicionamos com uma nova “postura” a respeito “de”
Como seria isso na prática? como seria uma escolha integral? bom, seria mais ou menos assim, um pedido de casamento por exemplo onde o “pedir” a pessoa em casamento envolve a dimensão comportamental, quando a pessoa que fez o pedido “pensa” ter feito a escolha certa ai está a dimensão cognitiva, e “a sensação” ou a felicidade mesmo, por ter feito a escolha que julga certa envolve a dimensão emocional. Nas escolhas que envolvem as três dimensões, portanto escola integral, a possibilidade de surgir um conflito, uma dúvida ou mesmo um questionamento, é praticamente nula.
Naturalmente, que as escolhas desta natureza, proporcionam sentido de realização, justamente o que traz o equilíbrio interno. Talvez você possa se perguntar, Ok, mas o que preciso fazer para alcançar isso? Como chego à escolha ideal?
Preciso alertá-lo de que, não há receitas prontas e nem fáceis para isso, não existe soluções milagrosas, “o segredo está na conscientização”, de seus valores, avaliar seus pensamentos e suas emoções, perante qualquer escolha deveremos ter a capacidade de ouvir nossos pensamentos e nossas emoções, estar atento a estes canais, ouvir apenas os pensamentos, leva a escolhas baseadas apenas na razão, o que pode levar a um conflito com emoções.
Vamos entender um pouco melhor como seria na prática, pensando sobre a escolha de uma profissão, como exemplo, pensada apenas na questão de recolocação no mercado de trabalho, mas que esteja em completa falta de sintonia com sua natureza interior, ou seja sem nenhuma ligação emocional com essa profissão, resultando numa grande frustração, tornando o novo emprego um fardo insuportável.
Trocando em miúdos, é fundamental ter consciência a respeito das escolhas que estamos realizando, ou pretendendo realizar, e também saber que, para cada nova escolha, sempre haverá uma renúncia a ser realizada.
Razão pela qual, é preciso considerar, para não realizarmos uma escolha impulsiva, fruto de um momento emocional exacerbado, é aquele momento eufórico, quando achamos que podemos qualquer tudo e qualquer coisa, levados pelo impulso totalmente emocional, nos comprometemos, e nos envolvemos em situações onde a única coisa certa é o arrependimento.
Diante de uma escolha, o que precisamos considerar então? precisamos considerar nosso lado emocional, mas também considerar nossa dimensão racional avaliando nossos pensamentos, buscando uma condição harmoniosa entre estas dimensões, pois desta consideração, resulta a nossa realização pessoal com menor efeito colateral possível, principalmente se a escolha envolve questões de importância significativa relevante na vida, se envolve, relacionamentos importantes, pessoais, afetivos e profissionais. Evidentemente que tudo é possível mediante a prática, e a honestidade com que você aborda suas questões pessoais, há situações em que a ajuda de um psicólogo(a), deve ser considerado, para orientar, e auxiliar nas questões mais implicantes, no entendimento do seu subjetivo, nas angústias vividas que podem estar influenciando todo o processo.
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